Nelson Campos

De Clube Atletico Mineiro - Enciclopedia Galo Digital
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Biografia

Nelson Campos dirigiu o Atlético no biênio 1958/1959, tendo, inclusive, conquistado o campeonato de 1958, estando à frente do Conselho Deliberativo do clube por dez anos. Ele já havia recusado em várias oportunidades o convite de ser novamente presidente do clube. Retornou à presidência em uma fase difícil, no início dos anos 70. O nome de Nelson Campos era realmente o único capaz de pacificar o Atlético: tornou-se o nome forte da então administração em 1970.
Para Nelson, o futebol estava acima de todas as coisas que pretendesse realizar. Assumiu o clube em uma fase de incertezas e dificuldades. Havia a necessidade. As dívidas se acumulavam nos bancos e os títulos precisavam ser pagos com urgência. Poucos aceitariam o cargo naquelas condições. Uns diziam que o clube estava sem dinheiro, outros falavam de Vila Olímpica, mas Nelson sabia que tinha que encontrar uma solução para o futebol. A torcida reclamava a falta de títulos, e com razão. A maior torcida mineira, uma das maiores do Brasil, sem ter comemorado ainda um título no Mineirão até o ano de 1970.

Seu irmão, Neri Campos, foi quem o presidente buscou para auxiliar Fábio Fonseca no Departamento de Futebol. Neri já havia sido diretor de futebol do Sete de Setembro-MG há alguns anos e seu trabalho tinha sido dos mais elogiados na época.

"Está na hora de voltarmos à liderança em Minas. Prometo isso em menos de dois anos." disse, em seu segundo mandato.

O objetivo de Nelson Campos era formar uma equipe capaz de trabalhar com o coração. E não foi difícil formá-la, pois todos eram atleticanos e com serviços prestados ao clube. Apostou em Telê Santana como técnico e montou a equipe que seria campeã brasileira em 71, conseguindo resolver alguns dos problemas internos do Atlético.

Depois das vitórias, Nelson partiu para o saneamento das finanças do clube, totalmente abaladas. Vendeu o velho Estádio de Lourdes e o dinheiro foi canalizado aos bancos credores.

Sua administração foi píoneira na implantação de uma política rígida de luvas e salários. Fixou em Cr$ 70 mil as luvas dos jogadores titulares e em Cr$ 50 mil as luvas dos jogadores reservas. O salário mensal era fixo de Cr$ 800.

Em sua terceira passagem pelo alvinegro, foi campeão estadual em 1986 e, em 1987, trouxe novamente para o comando do time, Telê Santana, que ganharia o Mineiro em 1988.

Fonte

  • Revista Grandes Clubes Brasileiros